Seqüestradores de avião com 95 a bordo negociam na Líbia, diz governo sudanês. Vôo havia partido de Nyala, Darfur, rumo à capital sudanesa, Cartum.
Alvo do seqüestro seria o governador da província, segundo o Sudão.
Os dois homens que seqüestraram nesta terça-feira (26) um avião sudanês com 95 pessoas a bordo estão em Kufra, no sul da Líbia, e negociam uma fuga para a França.
As informações são do governo do Sudão. O avião, um Boeing 737 com 87 passageiros e oito tripulantes, foi seqüestrado na cidade de Nyala, na província de Darfur, pouco depois da decolagem, segundo o governo sudanês.
A aeronave, que tinha como destino a capital sudanesa, Cartum, teria feito uma primeira tentativa para pousar em Aswan, no sul do Egito, mas não teve autorização do aeroporto local e seguiu então para a Líbia, segundo a imprensa. Fontes oficiais egípcias, no entanto, negaram a informação.
Os seqüestradores ainda não foram identificados. Segundo o governo do Sudão, eles portavam facas.
O avião pertence à Sunair, empresa privada baseada em Cartum. As comunicações com a aeronave
foram cortadas logo depois do seqüestro, segundo a rede de TV Al-Jazeera.
O objetivo da dupla, segundo o governo do Sudão, seria seqüestrar o governador
de Darfur, Hmad Ali Mahmud, que não estava a bordo.
Três líderes de uma facção do Movimento de Libertação do Sudão, um grupo rebelde regional que assinou um contestado
tratado de paz com o governo, estariam a bordo, segundo um líder do movimento. Um deles seria Mina Minnawi.
A região de Darfur está em conflito desde que uma rebelião contra o domínio de Cartum estourou há cinco anos.
Observadores internacionais dizem que mais de 2,5 milhões de moradores tiveram
de deixar suas casas e mais de 200 mil morreram em decorrência da guerra civil.
Em março de 2007, um cidadão sudanês havia tentado seqüestrar um avião de passageiros sudanês com
201 passageiros e 11 membros da tripulação, e que cobria uma rota entre Trípoli e Cartum. O seqüestrador,
identificado como Said Majluf, que estava armado com uma faca, ordenou ao piloto que
desviasse de sua rota e aterrissasse em Bangui, capital da República Centro-Africana.
[ Fonte G1 ]