27 de agosto de 2008

Que estranho, sem temor vou a morte !...



"Escuta Deus !
Eu nunca falei Contigo.
Hoje quero cumprimentá-lo. Como vai !?
Sabe de uma coisa ?! Me disseram que não existe,
e eu, tonto, acreditei que era verdade.

À noite vi Teu céu, me encontrava oculto num buraco de granada
quem iria acreditar que, para Te ver, bastava um ficar de costas!

Não sei se ainda quererás segurar minha mão,
ao menos, creio que me entende.

É um absurdo que eu não tenha Te encontrado antes,
senão, em um inferno como este.

Pois bem... já tenho dito tudo;
ao que, a ofensiva pronto espera,
Deus, não tenho medo desde que descobri que estava por perto.

O sinal !...


Talvez Te chamo do céu.
Compreendo que não tenho sido amigo Seu, mas, ...

Me espera até que eu chegue a Ti ?!

Como ! ... olha Deus ... Estou chorando !
Tarde Te descobri !... quanto sinto por isso !
Perdoe-me... devo ir...

Boa sorte ! ... Que estranho, sem temor vou à morte ! ..."

Encontrado no bolso da farda de um soldado morto em combate...

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